segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Equador – Movimentos Sociais defendem "sim" em referendo constitucional

Organizações que integram a frente Unidos/as pelo Sim e pela Mudança divulgaram um manifesto ao país, fixando as posições de indígenas, camponeses, mulheres, ambientalistas, religiosos, defensores de direitos humanos, trabalhadores da cultura, representantes de meios de comunicação alternativos e movimentos juvenis sobre o futuro do país e sobre o referendo que aprovará a Nova Constituição em 28 de setembro."A nova Constituição é resultado da resistência e da luta de décadas dos movimentos sociais, do movimento indígena e diversos setores do povo equatoriano, e não é patrimônio de ninguém em particular. A nova Constituição tem avanços muito importantes no âmbito social, cultural, político, econômico e ambiental, que depois têm que se concretizar em políticas públicas e leis de acordo com essas conquistas constitucionais", afirma o documento. Entre as razões que as entidades apontam para que votem pelo Sim, estão: a plurinacionalidade, a interculturalidade, os direitos coletivos e da natureza, o resgate da soberania, o tratamento do ambiente em geral, a soberania alimentar, a aposta clara na integração latino-americana, a gratuidade da educação até o terceiro nível, a universalização da seguridade social, a água como direito humano."As conquistas da nova Constituição são um golpe fundamental para o modelo neoliberal que oprimiu o país nas últimas décadas e permitem uma ampliação da participação democrática. O triunfo do Sim no dia 28 de setembro abrirá a porta para importantes mudanças no país somente se o povo equatoriano fizer sua a nova Constituição e estiver disposto a defender as conquistas, vigiando as políticas públicas e as leis que estejam se acordo com estas", acrescentam.As entidades enfatizam que grupos de poder econômico e seus representantes políticos querem voltar a dirigir o país por meio do Não. Para fazer frente a isso, decidiram concretizar uma iniciativa coletiva, promover uma verdadeira unidade na diversidade, respeitando as diferenças e independência das diferentes organizações, para unificar esforços e vontades em apoio ao Sim."Vamos ao Sim reivindicando a história de lutas do país e da América Latina. Somente a ratificação popular do projeto constitucional garantirá a reconquista da soberania do país, o estabelecimento de bases democráticas e igualitárias pata o desenvolvimento, o exercício pleno dos direitos de todos e todas e de nossa real capacidade de disputar o sentido de mudança tão desejado", finalizam.
Por Michelle Amaral da Silva
Algumas das entidades que assinaram o manifesto: ECUARUNARI, Acordo Nacional pela Constituinte Juvenil, União Metropolitana de Bairros de Quito (UMBQ), Serviços de Paz e Justiça - Equador (SERPAJ-E), Assembléia Permanente pelos Direitos Humanos do Equador (APDH), Coletivo Pró-Direitos Humanos (ProDH), Federação de Centros Infantis, Aliança com a Infância (Núcleo Equador), Movimento de Mulheres populares Lua Crescente, ASA, Fórum da Criança e da Adolescência.

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