terça-feira, 30 de setembro de 2008
Dez razões para recusar o salvamento da Wall Street
sábado, 27 de setembro de 2008
Latuff disseca a direita boliviana
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Participação política da juventude nas eleições Municipais
O que os jovens desses dois municípios têm em comum?
A sensibilidade face às desigualdades sociais nos seus municípios, apesar de não se conhecerem, são camaradas. Ambos são candidatos a prefeitos e vice-prefeito. Guarujá e Ipiaú são apenas dois municípios em diferentes lugares geográficos, mas suas peculiaridades representam a maioria das cidades brasileiras, pois, possuem muitas riquezas culturais, diversidades étnicas, artísticas e religiosas. Contudo, diante de tantas riquezas, impera também, a miséria, fruto de falcatruas e corrupções cometidas pelos administradores locais, com suas políticas desastrosas, desumanas e criminosas. Tanto é que, quem se aproxima dessas duas realidades sociais confunde-se com tantas semelhanças de violação de direitos humanos nesses dois municípios.
Eis uma sucinta comparação;
As crianças raquíticas do bairro de "Conceiçãozinha" e "Areão" que sobrevivem nos sinais de trânsito em Guarujá-SP, reproduzem-se nas crianças exploradas nos trabalhos da agricultura e agropecuárias, para servir os neo-coronéis que ainda impera em Ipiaú-BA. As adolescentes exploradas sexualmente na Praça do Cinqüentenário em Ipiaú, reproduzem-se nas faces das meninas da avenida da Saudade, essas são exploradas pelos turistas e comerciantes locais, às vistas bem aberta do Ministério Público que tem como umas das funções zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis. Ás vistas dos Conselhos Tutelares encarregados pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, e diante do poder público em geral, omisso e criminoso, pois a negligência e discriminação face a realidade das meninas e meninos explorados nas duas cidades constituem numa verdadeira violência contra a pessoa.
Outros adolescentes ainda, são espancados dentro das redes de supermercados, em seus depósitos específicos, por suspeitas de pequenos crimes patrimoniais na Avenida Puglise em Guarujá, e na praça Rui Barbosa em Ipiaú. E o que dizer da maioria dos jovens desses dois municípios? Os quais o Estado, limitou todas as possibilidades de oportunidades e acesso aos direitos fundamentais e sociais? Aqueles jovens, na sua maioria, sobrevivem como vítimas da violência e não causadores dela. Em Guarujá muito deles são, sumariamente, executados pela polícia em verdadeiras chacinas, antes de completar 30 anos de idades. Em Ipiaú, muitos deles perdem a juventude em verdadeiros depósitos carcerários num sistema opressor e racista. Outros ainda, sonham com uma formação educacional superior, porém, a falta de recursos materiais e de perspectivas, muitas vezes, os levam para a constituição de famílias prematuras .
Quando se fala dos idosos de Guarujá, vale lembrar aqueles que estão nas palafitas, guetos e becos da favela do "Caranguejo". Comparados aos idosos de Ipiaú, estes descansam em berço "esplêndido" nas calçadas da igreja da matriz de São Roque, num verdadeiro contraste entre o ouro repleto nas paredes da matriz e o cansaço nos rostos dos idosos.
Esses jovens candidatos a prefeitos e vice-prefeitos, entendem que somos filhos de um processo de estagnação e estamos num cruel abandono social, político, econômico e cultural, pois, os que estiveram e estão no poder não apresentaram um projeto político que emancipe, de fato, o ser humano. Como falar em ordem e progresso se os grupos historicamente discriminados não participam do processo democrático de decisão e não fazem parte da pauta dos que estão ou estiveram no poder?
Nas suas respectivas propostas de governo, esses jovens entendem que a grande mudança da história se faz na participação, decisão e ocupação dos espaços públicos, representados por esses grupos; como o povo negro credor da imensa dívida da falsa abolição da escravatura, os campesinos que resistem ao agronegócio, os sem terra na luta secular para ver respeitada sua dignidade , os sem teto, os sem universidades, os atingidos por barragens, os sub-empregados e desempregados, as mulheres vitimizadas das várias formas de violência, os GLBTTs1 e demais grupos sociais vítimas desse sistema que oprime e explora nossa gente. Esses jovens candidatos concebem a idéia de transformação social, a qual é fruto do sonho da maioria da população, que ainda acredita num sistema social, político e econômico baseado na propriedade coletiva, e assim, numa sociedade justa, plural, solidária e igualitária, com respeito às diferenças. Dina Alves- Enedina do Amparo Alves é graduanda em Direito-UNAERP-Guarujá/SP, atriz e poeta.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Karl Marx manda lembranças
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Debate sobre o papel das Eleições no fortalecimento do poder popular
Qual é o nosso papel nas eleições?
É praxe, em períodos eleitorais, os debates entre candidatos. Neste ano de 2008, na região da Baixada, tivemos diversos encontros entre candidatos e candidatas às prefeituras da região no rádio, na tevê, nos jornais e nas universidades, discutindo suas propostas de campanha.
E nós, o povo organizado, trabalhadores e trabalhadoras, os movimentos sociais, que temos a dizer ao conjunto da população sobre esses projetos? O que temos a dizer sobre as eleições para os quase um milhão de votantes da região?
Na sociedade de classes, cabe aos trabalhadores e trabalhadoras a transformação da realidade. No campo da esquerda (leia-se: aqueles que querem transformar a realidade), durante o processo eleitoral, muito se discute e se propõe, dentro e fora da disputa do voto, sobre os projetos de sociedade, de democracia e de controle social do Estado. Há muitas opiniões, muitas divergências - e ao menos um consenso: o modelo de gestão verticalizado e pseudo-participativo das prefeituras tem qualquer coisa de errado. O que se deve fazer? Eleger o candidato correto? Correr por fora? Como inserir diretamente a classe trabalahdora nas decisões? Como fortalecer o poder popular na construção da política?
É para essa discussão corajosa que as entidades organizadas da região que questionam o estado das coisas convidam todos e todas a participar. Dia 25, convidamos os educadores Luiz Carlos Scapi e Plínio de Arruda Sampaio apimentam o debate com muitas dúvidas e muitas propostas, mas com a certeza de que não é possível deixar permanecer as coisas como estão.
O debate acontece na próxima quinta-feira, dia 25 de setembro, no auditório do Sindicato dos Petroleiros, na Av. Conselheiro Nébias, 248, às 7 e meia da noite. Participe!
domingo, 21 de setembro de 2008
Equador, exemplo para a América
Mas, felizmente, este não foi o caso do presidente Rafael Correa no Equador. Eleito com uma plataforma que incluía a auditoria da dívida, o governo equatoriano está cumprindo seu programa de governo, responsável pela eleição do mesmo, e fez a auditoria da dívida. O trabalho foi feito por uma equipe de 14 pessoas comandadas por Alejandro Olmos Gaona, historiador argentino e um dos maiores estudiosos em dívida externa do mundo, tendo estudado profundamente a dívida na Argentina, e que cunhou a famosa expressão dívida odiosa para se referir às dividas públicas.
Segundo este, os mecanismos de sustentação da dívida no Equador eram os seguintes: os credores impunham clausulas ilícitas e ilegais nos contratos, contavam com a subserviência de funcionários públicos e a Procuradoria do Estado não defendia os interesses do país. Em suma, os responsáveis por defender os interesses do Equador simplesmente assinavam tudo que os credores queriam. Isso sim é realmente assinar um cheque em branco para os banqueiros.
Em outubro, num congresso em Oslo, será apresentado o primeiro relatório oficial sobre a dívida. E o mais importante, após isso o governo equatoriano entrará com o relatório completo na Corte Internacional de Justiça e apresentará argumentos jurídicos para que a dívida não seja paga. Em breve teremos um documento completo sobre os mecanismos de manipulação e subordinação usados por diferentes governos do Equador e pelo capital internacional para fazer descer goela abaixo uma dívida odiosa.
O Equador dá o exemplo. Agora é esperar e ver quais outros países sul-americanos seguirão o mesmo caminho. O único que tem no horizonte a construção de uma verdadeira soberania nacional.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
A falácia do discurso liberal e a socialização do prejuízo (deles)
Antes, relembremos primeiro o credo da ideologia liberal. Essa desde sua formação no século XVIII tem uma máxima. O estado é ineficiente para promover o desenvolvimento econômico e a equidade social. Assim, esse deve deixar que o mercado aja livremente para promover, sozinho e devido às regras naturais que o regem, o desenvolvimento, a igualdade social e a democracia. È o famoso laissez-faire, que pode ser resumido em um conjunto de livre mercado e de defesa da propriedade privada.
Se um estado, como fez a Bolívia e a Venezuela, estatiza uma empresa, aumenta seus gastos para promover desenvolvimento e justiça social ou emite leis que controlem o funcionamento do mercado, atitudes que contrariam o credo liberal, é fortemente atacada pela grande impressa. O Estado está interferindo no “equilíbrio natural” do mercado e essa política é fadada ao fracasso. São dados Vivas ao estado mínimo e morte à políticas que lembrem o socialismo.
Pois bem, quando o tal do mercado demonstra sinais que não é tão naturalmente equilibrado e que pela ânsia de lucros de bancos e empresas do ramo imobiliário se formou uma bolha de supervalorização e concessão de créditos que fogem à capacidade de pagamento o que poderia levar o sistema (de livre mercado) a sofrer sério danos. Eis que os defensores do livre mercado vêm a público defender que o Estado saia em socorro ao mercado. E este auxílio é algo que solta aos olhos. Alguns estimam que os Bancos Centrais de todo mundo injetarão mais de 1 trilhão de dólares no mercado. È uma cifra que supera o PIB da maioria dos países do mundo, inclusive o do Brasil. Qualquer milhão a mais nos gastos de um governo é taxado como supérfluo, política populista. Mas de um 1 trilhão para bancos que já lucraram outros tantos milhões em épocas de capitalismo financeiro não é nenhum problema. Nesta situação entra no vocabulário da grande impressa a palavra socialização, mas não dos meios de produção, do poder ou da comunicação e sim a socialização do prejuízo (deles) entre todos os cidadãos.
O que sustenta a ideologia liberal é a ótica de concentração de poder e de lucros nas mãos de poucos. Enquanto os mecanismos desta ideologia servem a classe dominante, produzindo concentração de poder e de lucros. Tudo bem. Quando o capitalismo entra em suas fases cíclicas de crises e estas ameaçam as bases do sustento da dominação. O estado tem que socorrer o mercado, pois se não fizer, o mesmo quebra e todos sofrem. Pelo menos é isso que juram de pés juntos analistas econômicos como Carlos Alberto Sardenberg e Mirian Leitão. Não é a toa que um famoso colunista chama esta grande mídia de Partido da Impressa Golpista, PIG. E este é mais um golpe para manter os lucros e o poder de poucos.
Reitoria da UERJ ocupada
Nota dos estudantes que ocuparam reitoria da UFOP
Sabemos que a assistência estudantil, bem como o acesso de todos à universidade, é uma das principais bandeiras defendidas pela história do movimento estudantil. Somente quando estiver assegurado o acesso à cultura e ao conhecimento para todos aqueles que não possuem condições materiais, é que a universidade consolidará a democracia entre os seus membros. A moradia estudantil, assim como a alimentação, a bolsa permanência, a assistência médica, o acesso ao livro, em suma, a assistência estudantil em geral, bem como a educação gratuita e de qualidade, está assegurada desde 1988 pela Constituição Federal do Brasil. Portanto, é dever do Estado, representado pelas reitorias, responsabilizar-se pela permanência dos estudantes carentes desta instituição federal de ensino superior.
As universidades públicas brasileiras têm passado por constantes expansões nas épocas recentes, porém a pretensa democracia que tem se desvelado no seu acesso não tem se estendido no que diz respeito a permanência dos seguimentos antes excluídos. Exemplos dessa situação são encontrados no projeto do REUNI e na política de ações afirmativas, que pretendem dar forma a democracia latente que pulsa nas veias da sociedade, porém têm se demonstrado insuficiente para atender as expectativas mais básicas daqueles que vislumbram as mesmas possibilidades das elites que desde sempre percorrem os corredores da academia.
O que é apresentado ao cotidiano da UFOP tem copiado insistentemente essa realidade segregante. A Universidade recebeu nesse último vestibular mais de 1000 alunos, sendo que no mínimo 30% desses são oriundos do ensino público, que se constitui a única alternativa da maioria dessas pessoas que ainda esperam do Estado o que lhe foi negado durante toda a história da sua existência.
Essa situação gerou a ocupação da PRACE na última terça-feira, quando mais de 20 alunos, entre os quais se apresentavam 5 alunos negligenciados pela debilitada assistência estudantil da UFOP, aos quais se somaram mais 8 na mesma situação, e inúmeros outros que exigiam o direito a assistência estudantil como condição para permanência desses 13 alunos.
Embora o resultado da ação direta realizada pelos estudantes tenha se demonstrado satisfatória (13 bolsas permanência e a promessa do atendimento as necessidades dos demais alunos da lista do alojamento estudantil), ainda se demonstra muito pequena frente a irresponsabilidades dessa e das outras administrações com relação a moradia estudantil socio-ecônomica, que hoje atende aproximadamente 1% dos alunos da instituição.
Diante das conquistas dessa ação direta fica claro que o movimento estudantil, organizado e unido, como é demonstrado em toda a sua história, apresenta melhores resultados do que a esperança depositada pela demagogia das atuais lideranças da maioria dos seguimentos institucionais da sociedade brasileira. Mais do que ocupar um espaço físico, é condição necessária desocupar as consciências de toda a dissimulação estabelecida, tornando-as conscientes das contradições ocultadas em nossa sociedade.
Todas as ocupações são impossíveis até se tornarem inevitáveis.
MOPRACE e Coletivo Amar e Mudar as Coisas.
CARTA ABERTA CONTRA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Nós do Círculo Palmarino, corrente nacional do movimento negro, repudiamos a atitude racista e discriminatória do colunista do Diário do Pará, Marcelo Marques que dia 28/08/08 de maneira preconceituosa divulgou a seguinte nota:
PODE? PODE! - O PSol nos apresenta como candidato a vereador... ...um pai de santo. Imagina se o cara resolve fazer trabalho nas encruzilhadas da vida para se eleger, Belém vai ficar igual a terreiro de candomblé pela noite, cheio de velas.
Estas declaração expressa uma avaliação negativa e esteriotipada em relação a uma candidatura afro religiosa, especificamente de Pai Gilmar, por ser o único candidato afro a utilizar indumentárias de um sacerdote afro religioso no horário eleitoral.
Com 39 anos de atuação no culto afro, o Babalorixá Gilmar de Oxossi é Pte da Associação Afro Religiosa e Cultural Morada de Oxossi e Diretor da Federação Espírita e Umbandista do Pará – Feucabep. Portanto, é respeitadíssimo por seu segmento, negro e afro religioso e, por seu histórico de coerência a opção pela luta e transformação social, se somou a construção e é militante do PSOL.
No ano em que completamos 120 anos de abolição da escravatura, em que cobramos políticas de reparação para o povo negro desse País, queremos afirmar que este "comunicador" terá que reparar o seu erro e prejuízo político causado ao nosso sacerdote, que segundo a Constituição Brasileira, tem ao respeito a sua fé religiosa e igualdade de tratamento. Todas as medidas legais cabíveis estão sendo tomadas no sentido de garantir que Pai Gilmar tenha o mesmo tratamento respeitoso dedicada as outros candidaturas que não se inserem no segmento afro-regilioso.
Em sua luta por ser o representante do segmento negro e afro-religioso na Câmara Municipal de Belém, o Babaloxirá Pai Gilmar de Oxóssi, luta contra a intolerância religiosa e o racismo institucional. Infelizmente, este comunicador desconhece o conceito de cidadania, caso contrário, não teria praticado este ato explícito de racismo contra a candidatura de Pai Gilmar.
Protagonistas na luta negra e contra a intolerância religiosa, gostaríamos de dizer a toda a sociedade, o quanto estamos desapontados com a maneira a qual temos sido tratados pela mídia, sempre estigmatizando nossa imagem. A nossa luta é para que possamos ter respeitados os nosso culto religioso africano nossa cosmovisão ancestral.
O fato de termos uma candidatura afro religiosa, só nos orgulha e não será esta pequena nota que irá nos calar, muito pelo contrário, só nos fortalecerá ainda mais, na luta contra todas as formas de preconceito e discriminação.
Viemos de um histórico de cinco séculos de luta e resistência e agora não será diferente
Levantamento indica orgulho dos negros!
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Ato em solidariedade às mulheres condenadas
à partir das 13:30
e Caminhada até o Tribunal de Justiça
Mais de duas mil mulheres estão sob ameaça de prisão. Algumas já foram indiciadas e outras estão cumprindo pena em Mato Grosso do Sul.
Elas tiveram sua privacidade invadida e suas vidas expostas à execração pública. Outras centenas correm os mesmos riscos em Estados como São Paulo e Rio Grande do Sul..
Trata-se de um atentado à autonomia e à dignidade das mulheres, em sua maioria pobre, sem acesso a assistência jurídica e psicológica.
Para evitar que esta e outras violações dos direitos humanos ocorram, proteste, participe do ato pelo fim da criminalização das mulheres e pela legalização do aborto no Brasil. Isso permitirá um tratamento digno às mulheres e a redução das mortes maternas.
Nesse mesmo dia, 26 de setembro, lançaremos uma Frente Nacional pela legalização do aborto com a participação de entidades e movimentos democráticos e populares. Este ato é parte das ações do Dia Latino Americano e Caribenho pela Legalização do Aborto.
Nenhuma mulher deve ser perseguida, humilhada, condenada
ou presa pela prática do aborto.
Junte-se a nós! Vamos dar um basta à criminalização das mulheres
e defender a legalização do aborto
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Não ao golpe separatista na Bolívia!
Tais grupos, liderados pelos auto-intitulados "comitês cívicos" e pelos governadores oposicionistas de cinco departamentos (estados), em coordenação com a Embaixada Norte Americana, implementaram um verdadeiro estado de terror em muitas cidades do oriente boliviano.
O caráter racista destas manifestações - que chamam de "invasor" o indígena do altiplano que migra para as terras baixas - é evidente não somente no discurso. Muitas das ações violentas desta semana se deram justamente nos locais de trabalho e de moradia desta população migrante - como no mercado camponês em Tarija e no bairro popular Plan 3000, em Santa Cruz. Porém, a gota d´água ocorreu na última quinta-feira (11/08), quando 30 trabalhadores camponeses (dados divulgados pelo governo Boliviano até 14/09/2008) foram massacrados por funcionários e grupos paramilitares ligados ao governo oposicionista do departamento de Pando.
Frente a esta situação, chamamos a todos para um ato de repúdio veemente à iniciativa de golpe separatista na Bolívia. Os EUA nunca hesitaram em utilizar a força para impor estados de terror com o objetivo de impedir o avanço das lutas e reivindicações camponesas, indígenas e operárias. Mas a ditadura e o fascismo não voltarão! Abaixo a direita fascista ianque na América Latina!
Chamamos a todos e todas para se juntarem a nós .
Em frente ao Consulado Boliviano na Av. Paulista, no. 1439 .
Quinta-feira, 18 de setembro de 2008, às 17h
Entidades participantes: MST - MTST - INTERSINDICAL - CONLUTAS
PASTORAL OPERARIA METROPOLITANA DE SÃO PAULO - PSOL - PSTU - PCB
Outra vitória dos trabalhadores: SINDIUPES se desfilia da CUT
A decisão é um acúmulo que representa o repúdio da categoria frente às últimas atitudes da CUT e do PT em relação à categoria. Nas últimas greves a CUT, visando defender o governo do PT, publicou nota criticando a ação da categoria.
A desfiliação do Sindiupes foi uma grande vitória, mas os desafios da categoria irão continuar. Agora é fortalecer a categoria para enfrentar os ataques dos governos municipal, estadual e federal.
MANOBRAS, TRAPAÇAS E COAÇÃO PARA DESMEMBRAR A BASE DO ANDES-SN OBJETIVANDO SILENCIÁ-LO!
trabalhadores-patrões que caracterizaram o fascismo não é somente uma analogia vazia: é o ovo da serpente que ameaça a democracia no país.A reação do Andes-SN está referenciada em uma estratégia que tem como esteio a legitimidade de sua história. Existem batalhas jurídicas, de ordem tática, importantíssimas. A ilegalidade de tudo o que aconteceu até o momento é tão evidente que prevalecerá um posicionamento positivo ao Andes-SN. Mas uma ofensiva de tal envergadura somente pode ser respondida à altura pelas ações políticas. O diálogo verdadeiro com o conjunto dos docentes das IFES, esclarecendo o que está em curso, tem de fazer parte do núcleo sólido de todo esse processo. A energia criadora do movimento estudantil autônomo, o apoio da intelectualidade crítica, das entidades democráticas, das instituições universitárias, por meio de seus colegiados, tudo isso tem de ser feito com tal força e verdade que incendiará a indignação ativa dos docentes que saberão, nas palavras e nos gestos, defender a sua entidade construída ao longo de quase três décadas, lado a lado com as entidades democráticas que reconhecem o Andes-SN como um dos pilares da causa da educação pública no país.
Servidores do SINDSERV excluem a ex-presidente Graça do quadro associativo
Sindprevs/SC – Mais uma vitória da esquerda
A Chapa da Articulação/PT não obteve nem 20% dos votos.
Esta é mais uma vitória dos setores combativos da Fenasps e do movimento sindical brasileiro.
Equador – Movimentos Sociais defendem "sim" em referendo constitucional
PSOL integra lista dos 100 “Cabeças” do Congresso Nacional
terça-feira, 2 de setembro de 2008
À Direção Nacional e aos militantes do PSOL
Tendo em vista a gravidade da crise acarretada pela aceitação da doação da Gerdau pelo DM de Porto Alegre, estamos solicitando que, em acordo a recurso já encaminhado à Executiva Nacional por vári@s companheir@s do PSOL, a Executiva tome uma posição clara e inequívoca a respeito, no sentido de revogar a decisão da DM de Porto Alegre. A manutenção da decisão de aceitar a doação da Gerdau significará uma mácula irreparável na imagem do nosso partido, e comprometerá seriamente o projeto de construção de uma alternativa socialista classista e independente.
Solicitamos que o documento abaixo é interno, dirigido à militância do PSOL, seja encaminhado pelas vias partidárias para o conhecimento do conjunto da militância do partido.Rui Polly - Diretório Estadual PSOL SP e-mail: ruipolly@hotmail.com
Assinam o documento:
Afranio Castelo - Secretário Geral do Diretório Estadual de Ceará; Roberto Mosanio - Candidato a vereador pelo PSOL Fortaleza (CE); Nilton Coelho - Candidato a vice-prefeito PSOL de São José (SC); Anivaldo Laurindo Ferreira - Executiva PSOL Embu-SP e candidato a vereador; Viviane Neres - DM PSOL Embu; Dunga - Candidato a vereador - PSOL-SP; Rafael Siqueira - Núcleo PSOL Santo Amaro (SP); Henrique Sanchez - PSOL- SP; Rui Polly - Diretório Esdtadual SP ; Wesley Honorato - Executiva PSOL Guarulhos; Tiago Moreira - Executiva PSOLGuarulhos; Augusto Cezar - DM PSOL Guarulhos; Eduardo Freitas - DM PSOL Guarulhos; Mano Nivas - Candidato a vereador PSOL Guarulhos; Valdomiro - Candidato a vereador PSOL Guarulhos; Ezekiel Muvuca - Candidato a vereador PSOL Guarulhos; Profª Márcia - Candidata a vereadora PSOL Guarulhos; Sid Cerveja - Candidato a vereador PSOL Guarulhos; Manoel Alencar - PSOL Guarulhos; Paulo Trindade - PSOL Guarulhos; Sara Veras Cardoso - PSOL Guarulhos; Carlos Roberto Datovo - Presidente do PSOL de Poá e candidato a prefeito; Cláudio Bezerra da Silva – Secretário de Formação Política do DM PSOL de Poá e candidato a vice-prefeito; Edson Antezana Ângulo – Tesoureiro do DM PSOL de Poá; Ivonete Aparecida Dainese – Secretária de Comunicação do DM PSOL de Poá e candidato a vereador; Liamara Cardoso Oliveira – Secretaria da Mulher do DM PSOL de Poá e candidata a vereadora; Saulo de Oliveira Souza - Vice-presidente do DM PSOL de Poá; Rosinei Maria Sanchez da Silva - Candidata a vereadora PSOL de Poá; Cristiano Santana de Farias - Presidente do DM PSOL Itaquauqecetuba e candidato a Prefeito; Veridiana Barbosa Rocha - candidata a Vice Prefeita de Itaquaquecetuba; Joedson Ferreira da Silva - Vice Presidente do DM de Itaquaquecetuba e candidato a Vereador; Francisco Lindoval de Souza - Secretário do DM de PSOL Itaquaquecetuba e candidato a Vereador; Narciso Cardoso Ferreira - candidato a Vereador PSOL Itaquaquecetuba; Cícero Gonçalves de Moura - candidato Verador PSOL Itaquaquecetuba; Edison Jacinto da Silva - candidato a Vereador PSOL Itaquaquecetuba; Josafá Bezerra da Silva - candidato a Vereador PSOL Itaquaquecetuba; José da Silva Souza - candidato a Vereador PSOL Itaquaquecetuba; Marta Rilma de Oliveira Souza - candidato a Vereadora PSOL Itaquaquecetuba; Veronica Maria da Silva - candidato a Vereadora PSOL Itaquaquecetuba; Vilma de Oliveira Moura - Candidato a Vereadora PSOL Itaquaquecetuba; Sérgio Domingues – PSOL– RJ; Gabriel Bragança dos Santos Ferreira Lima – PSOL RJ;Gilson Moura Henrique Junior – PSOL– RJ; Fábio Delgado – PSOL– RJ; Rafael Moreira Smith – PSOL-RJ - Jeffer Castelo Branco - PSOL-Santos/SP, Flaviano Correia Cardoso PSOL-Santos/SP, Franciele Jacqueline Gazola da Silva;
Por uma campanha eleitoral anticapitalista!
Nenhum centavo dos capitalistas!
A decisão do PSOL de Porto alegre em aceitar R$ 100 mil da multinacional Gerdau é um fato cujo impacto supera o nível local. Não só porque a empresa é uma corporação com enorme passivo social e ambiental. Ou porque a decisão dos camaradas de Porto Alegre fere o estatuto do nosso partido. Mas principalmente porque diz respeito ao próprio projeto de partido que queremos construir. E também porque manter essa decisão causará uma profunda crise política, descaracterizando o nosso partido - política e ideologicamente - enquanto alternativa socialista séria, independente e classista.
As justificativas apresentadas para a aceitação da doação não resistem a qualquer crítica séria.
O argumento de que é preciso aproveitar as "brechas" do inimigo não pode ser levado a sério. A utilização de "brechas" nas fileiras inimigas não é um princípio, mas uma tática utilizada em circunstâncias concretas, quando é possível fortalecer a classe trabalhadora e enfraquecer o inimigo. A aceitação da doação da Gerdau não nos fortalece, mas nos enfraquece. E isso já está ocorrendo com a crise política desencadeada em nível nacional pela decisão do PSOL de Porto Alegre. Quem está "lucrando" com a doação é a própria Gerdau, pois lhe permite posar como uma empresa "democrática" , ajudando a maquiar os seus crimes sociais, ambientais e trabalhistas. E porque está conseguindo enfraquecer e quebrar a unidade do PSOL e, consequentemente, da própria classe trabalhadora e a luta pelo socialismo.
Dois outros argumentos apresentados são, no mínimo, grotescos.
Um dos argumentos insinua que a oferta da Gerdau ocorreu porque a nossa candidatura em Porto alegre rompeu a "marginalidade política". É um absurdo. Tenta apontar na oferta da Gerdau um elemento positivo que não existe. Que é preciso romper a "marginalidade política" é óbvio. Mas junto à classe trabalhadora e os pobres, explorados e oprimidos. E não para nos tornarmos "palatáveis" à burguesia. Precisamos lutar para nos enraizarmos na classe trabalhadora e nos demais setores explorados e oprimidos para construir uma alternativa socialista com base de massas. E não simplesmente para nos transformarmos em uma referência eleitoral ampla, capaz de obter alguns pontos percentuais nas pesquisas de intenções de voto.
O segundo argumento tenta nos tranqüilizar. Afinal, o PSOL de Porto Alegre e do RS já teria provado sua firmeza política e ideológica pelo seu papel no combate ao governo Lula e ao governo tucano de Yeda Crusius. Assim, segundo esse raciocínio, poderíamos ficar tranquilos, pois a direção do PSOL de Porto Alegre merece nossa confiança. Ninguém nega a combatividade e a firmeza dos companheiras e companheiros do PSOL de Porto Alegre. Mas a definição de uma política de financiamento eleitoral não pode ser feita a partir de critérios subjetivos ou particulares, ou a partir da "confiança" na firmeza de tal ou qual direção. Até porque, em princípio, todos os membros do partido são merecedores de confiança. Além disso, auto-avaliações expressam sempre um juízo subjetivo. E, de modo geral, ninguém, nem mesmo o pior oportunista se define enquanto tal. Por isso, uma questão crucial como a política de financiamento de campanhas deve, estar balizada por critérios objetivos e claros, baseados em princípios e no programa socialista.
Ainda neste ponto os defensores da doação afirmam que a aceitação do dinheiro da Gerdau se deu de maneira aberta e transparente, e que o dinheiro será utilizado para combater o governo apoiado pela própria Gerdau. Ora, de que vale combater o neoliebralismo e o governo Lula - ou de Yeda Crusius -, sem combater o Capital a que esses governos servem? A luta anticapitalista e socialista conseqüente requer o combate implacável tanto aos governos neoliberais quanto à classe capitalista.. E a aceitação de dinheiro da Gerdau é incompatível com essa política. Afinal, como realizar uma campanha eleitoral anticapitalista aceitando o dinheiro e um dos principais grupos capitalistas do país?
Por fim, cabe salientar que aceitar "por baixo do pano" ou "às claras" não muda em nada o significado político de aceitar o dinheiro de uma grande empresa como a Gerdau. A "transparência" não serve para nada neste caso. Serve apenas para dourar a pílula.
Por fim, restam duas questões de fundo. É ou não é uma questão de princípio a recusa a doações de empresas? Na nossa opinião, a definição do estatuto, embora seja uma referência importante, ainda é vaga. Mas não nos resta dúvidas de que para os socialistas é uma questão de princípio recusar dinheiro dos nossos inimigos de classe.
A segunda questão diz respeito à relação entre esse debate e a Resolução Eleitoral Nacional. Ao contrário de muitos companheiros que criticam a resolução focando essencialmente na política de alianças, para nós esta é um aspecto importante, mas não decisivo. A política de alianças é uma consequência lógica de uma resolução que expressa, de maneira coerente, a política geral adotada pelo partido no seu I Congresso Nacional. Uma política que é contraditória com o programa do partido aprovado na sua fundação em 2004. A política aprovada no I Congresso subordina a luta pelo socialismo a uma etapa intermediária de "conquista" do poder político nos marcos do capitalismo, canalizando todas as energias acumuladas na luta anticapitalista para o leito da luta institucional.
A resolução eleitoral de março, coerente com as decisões do I Congresso, apresenta uma política rebaixada que reduz o programa do partido no processo eleitoral àquilo que pode ser executado nos marcos de um "poder local". Admite, ilusoriamente, a possibilidade de se conquistar a total transparência e a democratização radical da máquina administrativa municipal. O PSOL se apresentaria como uma alternativa viável, confiável e ética à administração da "porção municipal" do Estado burguês. Uma proposta que recua até mesmo em relação ao antigo projeto democrático-popular defendido há muito tempo pelo PT.
Se reconhecemos que há potencialidades na participação do PSOL nas eleições, ela dá-se especialmente pela possibilidade de apresentarmos as nossas propostas, realizar uma disputa política de fundo, conquistar novos militantes socialistas, construir o PSOL e no esforço em desmascarar a lógica da democracia dos ricos, na subordinação dos demais partidos (dentre eles, o PT) ao capitalismo e ao imperialismo, sendo por eles financiados.
Assim, não é possível negar a relação deste debate sobre financiamento da campanha com a política aprovada no I Congresso do partido e na Conferência Eleitoral nacional de março deste ano. E mais do que nunca torna-se evidente a necessidade de realizarmos um debate sério sobre a nossa estratégia e a nossa tática para a presente conjuntura.
Por todos esses motivos, acreditamos que a decisão do PSOL de Porto Alegre, expressa um retrocesso político tremendo, com repercussão em todo o partido. Ao nos desarmar diante dos demais partidos burgueses, tal decisão esvazia qualquer conteúdo de nossas políticas. Abre precedentes para práticas semelhantes e poderá ocasionar o afastamento de militantes e ativistas que ainda acreditam na construção de um partido socialista de novo tipo. Mas, principalmente, trará um impacto político e ideológico enorme e talvez irreparável sobre o conjunto do partido.
Continuamos dizendo que a tarefa do PSOL é constituir-se num partido construído pelos núcleos da base, democrático, voltado para as lutas, libertário, com radicalidade política e uma militância motivada e protagonista nos rumos da construção de uma alternativa socialista. Resgatar o partido pela base e construir um partido de novo tipo, com independência de classe e os princípios já delimitados pelo nosso estatuto, exigirá mais do que nunca a organização dos núcleos de base, coletivos e grupos independentes em contraponto a este novo retrocesso.
Por isso defendemos o recurso que foi encaminhado à Executiva Nacional do Partido para que se revogue a decisão da Executiva Municipal de Porto Alegre!
Pela revogação imediata da decisão da Executiva Municipal de Porto Alegre!
Nenhum centavo dos capitalistas, nacionais ou estrangeiros!
Construir um PSOL socialista, libertário e democrático pela base
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Morre Irmã Dolores
por Maykon Santos
Faleceu na madrugada deste dia 30 a irmã Maria Dolores Junqueira Muniz. Militante social de décadas na baixada santista. O corpo foi velado na Igreja Nossa Senhora da Esperança, no Quarentenário. Era desejo da irmã ser velada entre os seus, aqueles com quem e para quem dedicou toda sua vida: os mais pobres. Assim, nada melhor do que o Bairro que mesma escolheu para viver anos como o local do último adeus daqueles que sempre a admiriram.A região perde, sem dúvida alguma, sua mais antiga e fiel militante. Desde o início do crescimento da área continental de São Vicente, na década de 80, a irmã desenvolveu trabalho social nos bairros mais pobres da área. Lutou incansavelmente para fundar a escola profissionalizante JIP, a maternidade e o restaurante popular nos bairros do Quarentenário e Ponte Nova. Por essas e outras atitudes é que a irmã foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 2005.Durante toda a vida esta espanhola de nascimento dedicou sua vida a causa dos mais pobres e contagiou a muitos com seu exemplo de vida. Em qualquer mutirão, em qualquer atividade em que a irmã estava presente era impossível não ser contagiado pela sua boa vontade, ânimo e coragem. Era a primeira a chegar, a última a sair e literalmente colocava a mão na massa. Eu mesmo era um que olhava para a irmã e me contagiava com a áurea desta mulher. A Irmã Dolores era daquelas pessoas que, segundo Brecht, são essenciais, pois lutaram a vida toda. Esta foi a maneira econtrada pela amada freita para viver sua vida em comunhão com o verdadeiro evangelho. Viveu com, pelos e para os pobres.Termino este pequeno epitáfio com uma história que muitos contavam sobre a irmã. Uma vez perguntada se era comunista, devido ao seu papel social, a irmã respondeu sem pensar. Se ser comunista é lutar a favor dos mais pobres. Sim, eu sou comunista.Aqueles que acreditam em Deus têm a certeza de que a irmã agora é recebida pelos anjos do Senhor no céu.